sexta-feira, 20 de maio de 2016


Entre 1823 e 1831 surge o romantismo no Brasil, porém esse movimento foi de fato fundado em 1836, com a publicação de "Suspiros Poéticos e Saudades", de Gonçalves Magalhães. Já em Portugal o marco inicial do Romantismo, deu-se através do poema de "Camões'' de Almeida Garret.
O romantismo passou por três grandes momentos, denominados primeira geração, segunda geração e terceira geração.
Algumas das características predominantes do movimento são: individualismo e subjetivismo; nacionalismo, historicismo e medievalismo; sentimentalismo; confessionalismo; culto à natureza, dentre outros.
O individualismo e o subjetivismo centra-se na exaltação do íntimo, diferente do nacionalismo, historicismo e medievalismo que exalta os heróis nacionais. No sentimentalismo os sentimentos tornam-se mais importantes que a racionalidade, já no confessionalismo os sentimentos pessoais do autor são expressos nas obras. O culto à natureza é um dos elementos mais importantes da estética romântica e leva os escritores a encontrar-se consigo mesmo.
Os principais escritores do romantismo no Brasil e algumas de suas principais obras foram: O importante poeta brasileiro do século XIX Gonçalves Dias, com a obra "Os Timbiras"; o escritor da segunda geração romântica Alvares de Azevedo, com a obra ''Lira dos vinte anos''; Castro Alvares, com a obra "O Navio Negreiro''; Joaquim Manoel de Macedo, com a obra ''A moreninha''; José de Alencar, considerado o principal escritor do romantismo brasileiro, com a obra "A viuvinha''; Manuel Antônio de Almeida, com a obra ''Memórias de um sargento de milícias''; o romancista Bernardo Guimarães, com a obra "A escrava Isaura''; o fundador do romantismo realista no nordeste Franklin Távora, com a obra ''Trindade'', e por fim, Machado de Assis, escritor que pertenceu a duas escolas literárias (romantismo e realismo), com a obra ''Helena''.
Em se tratando de todas essas obras supracitadas, vale salientar que o estilo romântico apresenta alguns princípios essenciais à sua elaboração, como por exemplo, a liberdade de composição por parte dos autores, o uso intenso de adjetivos, metáforas, hipérboles e outras figuras tanto na poesia quanto na prosa, e a abundância de exclamações e interjeições.
O romantismo também estava presente no teatro romântico nacional e impõe apelo para imaginação, para os sentimentos, resultando uma interpretação subjetiva.

Acadêmica de Letras: Erisany Raphaela 
IFAL/EAD



sexta-feira, 25 de setembro de 2015

O ciclo da água (Vídeo criativo)

Boa noite.
Pesquisando sobre o Ciclo da Água para trabalhar com meus alunos semana que vem, encontrei esse vídeo super criartivo e lúdico.
Que tal utiliza-lo em sala de aula?

https://youtu.be/et05vorLkxY

Arte Fisionômica (4° e 5° ano)

Boa tarde queridos e queridas.
Postei ontem para vocês a ideia  de "bonequinhos" para trabalhar Arte Fisionômica com as crianças.
Pois bem, hoje foi o dia de ministrar essa aula, e foi um sucesso.  Meus alunos adoraram a ideia  de personalizar seus bonequinhos e criarem diálogos para os mesmos.
Como minha turma é multiseriada, orientei quanto a questão da ortografia dos mesmos. E eis o resultado 😊
Gostei muito e conforme combinado estou postando pra vocês 😍

Comentem o que acharam tá?
Beijinhos!

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Arte Fisionômica - Ensino Fundamental 1

Olha que legal essa ideia.
Amanhã é dia de trabalhar com meus alunos  "Expressões fisionômicas e artísticas'', então produzi esses bonequinhos a partir de uma ideia da internet, tirei várias cópias e recortei-os.
Amanhã irei dividir minha turma em duplas, e vou pedir que escolham dois de cada desses bonequinhos.
Em seguida eles serão orientados a desenhar a fisionomia que quiserem: feliz, triste, chateado, bravo, etc; colorir; e produzir balões de fala para cada personagem.
Depois posto o resultado. Gostaram de ideia???
Beijinhos :*

OBS: Minha turma é uma turma multissérie de 4º e 5º ano do fundamental 1.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Reciclagem - Preservação do Meio Ambiente

Olá pessoas.
Estou disponibilizando para vocês um projeto de ensino que elaborei como trabalho de minha faculdade. Espero que gostem.
Sigam-me no instagram @blogdasany


Reciclagem - preservação do meio ambiente.
Educação Ambiental.







Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Pedagogo.

Orientador: Prof.  Bernardet Strang.







RAPHAELA, Erisany Moura. Reciclagem - Preservação do Meio Ambiente: Educação Ambiental. 2015. Número total de folhas. Projeto de Ensino (Graduação em Pedagogia) – Centro de Ciências Exatas e Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, Murici, 2015.
RESUMO
O referido projeto, cujo o tema é "Reciclagem - Preservação do Meio Ambiente" visa a resolução dos problemas ambientais intrínsecos ao meio ambiente no qual estamos inseridos, buscando propostas embasadas em autores consagrados, a fim de encontrar possíveis soluções para a resolução contundente dos referidos problemas. Como recursos principais utilizaremos apenas o professor e o âmbito escolar, pois é na escola que formam-se cidadãos.


Palavras-chave: Meio Ambiente. Reciclagem. Educação Ambiental. Consciência Crítica. Lixo.

1  INTRODUÇÃO

O seguinte projeto dispõe de maneira concisa, objetiva e abrangente, propostas acessíveis que irão instigar o envolvimento da comunidade escolar, no processo de reciclagem e cuidados com o meio ambiente. O mesmo será realizado em vários períodos, tendo duração média de 25 dias, ou contínua, de acordo com as necessidades observadas no decorrer do seu desenvolvimento, e não só pode, como deve, ser trabalhado também com a comunidade externa.
A máxima do referido projeto é: "A preocupação com o meio ambiente deve ser de todos nós". É de vital importância conscientizar as crianças que incentivar a preservação e combater a devastação é prática e dever de todos nós e não apenas dos adultos.
"Com a introdução da Educação Ambiental nas escolas de forma eficiente espera-se transformar alunos com comportamentos ecologicamente corretos, e conseqüentemente uma sociedade ecologicamente sustentável" (VIÉGAS, A. et al.2004).
O equilíbrio da natureza é essencial para a vida na terra. E para reverter a situação precária e a degeneração de nosso planeta, nada melhor que um projeto que trate desse tema e promova o engajamento na busca de soluções para preservar o meio ambiente. Tornar os alunos cientes da situação em que se encontra nosso planeta é de suma importância para fazer de forma indireta, surgir um olhar diferenciado por parte deles para com a realidade lamentável na qual estamos inseridos.
Objetiva-se incentivar a promoção de ações concretas e positivas, direcionadas à mudança de hábitos negativos, que por ventura estejam sendo executados pela comunidade escolar e/ou externa. Além de aguçar o espírito reflexivo, responsável e participativo dos discentes.
A fim de alcançar os objetivos propostos, será desenvolvido trabalhos em grupos e individuais, onde os alunos terão a oportunidade de elaborar jornais que tratem sobre o assunto "Reciclagem e Preservação do Meio ambiente" e distribuí-los para a comunidade escolar e externa.
 Os alunos serão orientados a: elaborar palestras e paródias com a finalidade de tornar a divulgação e conscientização acerca do tema tratado, mais ampla e atrativa; fazer oficinas de reciclagem com garrafas PET a fim de ensiná-los a reciclar o lixo e cuidar do planeta; realizar tarefas orais e escritas em sala de aula, utilizando-as como meio de transformação; entrevistar os profissionais que coletam o lixo da comunidade; montar cartazes e expor os mesmos dentro e fora da escola; e organizar e apresentar peças teatrais com o objetivo de alertar o público sobre a importância de preservar o meio ambiente. Deixá-los conscientes de que é o homem que polui quando joga lixo no chão, nas águas e desmata as florestas, e que para que essa realidade mude e nosso planeta permaneça vivo, só depende de nós.
Para fixar tais conceitos e alcançar os objetivos propostos, trabalharemos os seguintes conteúdos:
·         O Lixo que produzimos: com incentivo à reciclagem e aproveitamento de materiais orgânicos e inorgânicos;
·         Reflorestamento e consciência ambiental: conhecer o prejuízo causado a natureza com o desmatamento da floresta amazônica;
·         O lixo pode ser luxo - reciclagem: identificar a importância da reciclagem e identificá-la como transformação de lixo em luxo.
A avaliação será feita de forma processual conforme a participação dos alunos nas atividades. Também será observada a mudança de postura do aluno frente as questões do meio ambiente, além da aplicação de alguns instrumentos avaliativos como questionários, confecções de cartazes, pesquisas, dentre outros.

2  Revisão Bibliográfica

A Proposta do tema "Reciclagem - Preservação do Meio Ambiente" na educação infantil, traz a tona a importância da formação crítica e conservadora desde a infância. De acordo com BUJES (2001), a criança vive um momento fecundo, em que a interação com as pessoas e as coisas do mundo vai levando-a a atribuir significados àquilo que a cerca. 
Fomentar as crianças a conhecer os problemas ambientais e sensibilizar durante sua formação é muito mais vantajoso do que deixar as crianças sem conhecimento e quando adultas poderá desmatar e poluir para garantir sua sobrevivência sem saber as conseqüências de seus atos (VIÉGAS, et al.2004).
Parafraseando Reigota, podemos dizer que:
...a educação ambiental na escola ou fora dela continuará a ser uma concepção radical de educação, não porque prefere ser a tendência rebelde do pensamento educacional contemporâneo, mas sim porque nossa época e nossa herança histórica e ecológica exigem alternativas radicais, justas e pacíficas. (1998, p. 43).

No entanto cuidar do meio ambiente e tentar resgatá-lo do caos, não deve ser apenas um "querer", uma "vontade". Há, antes de tudo, todo um caminho a ser trilhado onde o guia é o professor.

No artigo 225 da constituição Federal existe a seguinte abordagem:
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. BRASIL (1988).


Por isso a importância de sensibilizar os alunos a agirem de modo responsável e consciente frente aos problemas ambientais de nosso planeta terra. Muitos dos valores inerentes ao meio ambiente passam despercebidos no âmbito familiar, por este motivo a escola fica com a incumbência de desenvolver no aluno a preocupação de conservar um ambiente saudável para o presente e o futuro.
Para Herman (1992, pág. 14), quando se fala em Meio Ambiente, a tendência é "pensar nos inúmeros problemas que o mundo enfrenta com relação à questão ambiental: lixo, poluição, desmatamento, espécies em extinção e testes nucleares são dentre outros, exemplos de situações lembradas". Porém o meio ambiente como tudo na vida, também tem seu lado bom (ou o que resta dele), e a preocupação está tão focada nas questões negativas que esquecemos de cuidar do que ainda está preservado e precisa manter-se tal qual.
Ainda sobre a introdução do meio ambiente na escola, tomando como referência Vigotsky (apud Tamaio, 2000) pode-se dizer que um processo de reconstrução interna (dos indivíduos) ocorre a partir da interação com uma ação externa (natureza, reciclagem, efeito estufa, ecossistema, recursos hídricos, desmatamento), na qual os indivíduos se constituem como sujeitos pela internalização de significações que são construídas e reelaboradas no desenvolvimento de suas relações sociais. A educação ambiental, como tantas outras áreas de conhecimento, pode assumir assim, "uma parte ativa de um processo intelectual, constantemente a serviço da comunicação, do entendimento e da solução dos problemas". (Vigotsky, 1991).
Segundo os parâmetros curriculares nacionais (2001): A principal função do trabalho com o tema Meio Ambiente é contribuir para a formação de cidadãos conscientes, aptos a decidir e atuar na realidade socioambiental de um modo comprometido com a vida. com o bem-estar de cada um e da sociedade local e global. Para isso é necessário que, mais do que informações e conceitos, a escola se proponha a trabalhar com atitudes, com formação de valores, com o ensino e aprendizagem de procedimentos. E esse é um grande desafio para a educação. Gestos de solidariedade, hábitos de higiene pessoal e dos diversos ambientes, participação em pequenas negociações, são exemplos de aprendizagem que podem ocorrer na escola.
As instituições de ensino estão conscientizando-se a cada dia de que precisam trabalhar a problemática ambiental, no entanto, não se tem tanta certeza de que seja tão unânime a importância dada, pela escola, à educação ambiental. Fato que pode-se denominar como lamentável, pois bem sabe-se que nos anos iniciais torna-se mais fácil conscientizar as crianças sobre questões ambientais. Trabalhar com atitudes e formação de valores é o caminho mais adequado para se formar cidadãos responsáveis e comprometidos com a preservação do meio ambiente.
Para as crianças pequenas, especialmente na educação infantil, os pais e os professores agem como pontes entre o que a sociedade entende como verdadeiro e valioso e o que as crianças percebem em seu ambiente. Os professores aos ministrarem esse tema poderão auxiliar as crianças a organizar as ideias proporcionando a elas o acesso a palavras que fazem parte do vocabulário científico, ensinando-lhes conceitos, ampliando também o raciocínio para a compreensão de determinados fenômenos. (HARLAN E RIVKIN, 2000).
Em sala de aula é preciso contextualizar a realidade do aluno com a realidade do meio ambiente em que estamos inseridos, como dizia Freire (1987), assim levando-o a perceber que o problema ambiental está mais perto de todos, do que se imagina.
Os PCN's propõem ações pedagógicas significativas para trabalhar a temática, meio ambiente.
O desenvolvimento de uma proposta com o tema meio ambiente exige clareza sobre as prioridades a serem eleitas. Para tanto é necessário levar em conta o contexto social, econômico, cultural e ambiental no qual se insere a escola [...] Também os elementos da cultura local, sua história e seus costumes irão determinar diferenças no trabalho com o tema meio ambiente (BRASIL, 2001, p.74).

Num artigo publicado na revista Sustentabilidade, Walter Gonçalves de Souza diz que:
Iniciar a formação de uma mentalidade sustentável e fornecer os conhecimentos necessários para isso deve se iniciar desde a mais tenra infância e assim que as crianças consigam compreender os conceitos básicos existentes por trás deste tema importantíssimo. Isso permitirá que num futuro próximo essas crianças se transformem em multiplicadores e em um tempo mais distante, em adultos conscientes e competentes para buscar métodos e modelos de vida que garantam a sustentabilidade de suas casas, de suas cidades. Exercendo seu poder de pressão e de decisão sobre as empresas e a sociedade em que vivem. (SOUZA, 2008).

Em Abril de 1999, com a lei nº 9795/99, é que veio o reconhecimento da importância da educação ambiental, reconhecida e oficializada como área essencial e permanente em todo processo educacional. Essa lei surgiu embasada no artigo 225 inciso VI da Constituição Federal de 1988. Segundo essa lei a Educação Ambiental tem que ser trabalhada dentro e fora da escola, mas não deve ser uma disciplina, porque perde o seu caráter interdisciplinar.
Nos Parâmetros Curriculares (BRASIL, 2001), compreendemos que para trabalhar a educação ambiental nas escolas não é necessário que os professores saibam tudo, mas se disponibilizar em aprender o assunto, podendo, assim, transmitir para os alunos a noção do tema a ser trabalhado. Os (PCN’s) afirmam ainda, ser a interdisciplinaridade essencial ao desenvolvimento de temas ligados ao Meio Ambiente, sendo necessário desfragmentar os conteúdos e reunir as informações dentro de um mesmo contexto, nas várias disciplinas. Um dos modos de se trabalhar a interdisciplinaridade são os projetos de Educação Ambiental, que podem e devem ser desenvolvidos nas escolas a fim de fomentar a criatividade e o raciocínio dos alunos, através de atividades dinâmicas e participativas, unindo teoria à prática.
Para Guimarães (2005), é pela gravidade da situação ambiental em todo o mundo, que se tornou necessário a implantação da Educação Ambiental para as novas gerações em idade de formação de valores e atitudes, como também para a população em geral, pela emergência da situação em que nos encontramos.
É nesta perspectiva, que o autor afirma que:
A Educação Ambiental vem sendo considerada interdisciplinar, orientado para a resolução de problemas locais. É participativa, comunitária, criativa e valoriza a ação. É transformadora de valores e atitudes através da construção de novos hábitos e conhecimentos, conscientizadora para as relações integradas ser humano, sociedade, natureza objetivando o equilíbrio local e global, melhorando a qualidade de todos os níveis de vida. (GUIMARÃES, 2005, p.17).

Destarte, fica evidente a importância da elaboração de projetos de intervenção, pesquisas, leituras, voltados para essa temática.
Na conferência da ONU realizada no Rio de Janeiro (Rio - 92), foi criado um termo denominado "Analfabetismo Ambiental" que designa a situação da população mundial. No entanto, é possível evitar que esse "Analfabetismo" acometa as gerações futuras.
De acordo com Dias (1994, p. XVII):
Através da Educação Ambiental podemos perceber que existem formas mais inteligentes de se lidar com o ambiente, integrando-se com ele através do desenvolvimento sustentável e que [...] a atual crise ambiental mostra apenas sintomas de uma crise mais profunda: a falta de ética e do respeito aos valores. Podemos também, através da educação ambiental, apreciar mais cuidadosamente a fascinante diversidade do mundo vivo, que a natureza preparou durante milhões de anos e a fascinante experiências de sermos parte dela.

A defesa do meio ambiente depende da população como um todo. Os impactos ambientais evoluem assustadoramente e para reverter esses danos causados ao meio ambiente, faz-se necessário a adesão de práticas de reciclagem e tomada de consciência coletiva acerca da necessidade de cuidar da qualidade de vida das futuras gerações.
Para que isso ocorra de forma eficaz, é imprescindível que o professor antes de tudo, conheça seu aluno. Pois saber que valores e noções sobre o conceito de natureza e sociedade essa criança recebeu da família é ponto chave para que o educador consiga intervir, e desenvolver com esse aluno práticas voltadas para a conservação do meio ambiente e para a melhoria da qualidade de vida.
O ideal é que cada um assuma a responsabilidade com o lugar em que vive, em todas as dimensões. Alguém que não se preocupa em manter em boas condições de higiene e organizado o local onde vive, trabalha ou estuda, dificilmente, estará preocupado com as praias não serem limpas ou com a poluição do ar. Esse descaso poderá ter raízes pouco profundas e simplistas: a pessoa não adquiriu consciência dessa sua responsabilidade por não ter sido informada ou motivada (DOHME; DOHME, 2002, p. 18).

Assim, aos poucos, as crianças além de compreender a importância de cuidar da natureza e preservar o meio ambiente, também tomarão conhecimento de seu potencial de transformação frente aos problemas socioambientais. No entanto para se alcançar tal conhecimento, faz-se necessário haver um envolvimento prazeroso, lúdico e criativo entre educador e educando.
O convívio escolar será um fator determinante para a aprendizagem de valores e atitudes. Considerando a escola como um dos ambientes mais imediatos do aluno, relação a elas se darão a partir do próprio cotidiano da vida escolar do aluno. (PCN's, 2001).

A escola deve oferecer um local propício e estimulante, para a criança desenvolver uma compreensão maior do ambiente que a cerca; levá-las a ter conhecimento acerca dos benefícios da reciclagem do lixo, aproximando-os da natureza e consequentemente levando-os a agir de forma responsável evitando o desequilíbrio do meio ambiente.
Neste sentido, para Currie:
Devemos trabalhar sempre os seguintes conceitos: a consciência pessoal visando à responsabilidade particular para com o Meio ambiente; a observação detalhada; a organização; a análise; a comunicação; o uso da imaginação e da criatividade; o estabelecimento da segurança e da autonomia na aprendizagem, promovendo uma visão integrada do mundo em que vivemos.(CURRIE, 2000, p. 36).

A consciência ecológica é inseparável da consciência social, com base nessa afirmativa, concluí-se que é papel iminente da escola incitar a comunidade escolar a construir valores que lhes permitam construir o meio humano sem destruir o meio natural. Consequentemente com a implantação desses valores, o desmatamento será minimizado, o racionamento de água e energia será mais consciente, e a redução na produção do lixo será visível.
Naturalmente somos levados a compreender melhor determinados assuntos, quando vivenciamos a prática, ou seja, o aluno que tem contato com a realidade ambiental e estuda a mesma tanto na teoria quanto na prática, terá uma melhor reflexão acerca dos cuidados e preservação da natureza e do meio ambiente. No entanto, a escola deve garantir que o aluno ponha em prática os conteúdos aplicados na teoria.
Segundo Dalri (2010) a aplicação de atividades lúdicas na sala de aula é uma intervenção que permite o uso da temática ambiental, podendo ser executada transversal e interdisciplinarmente, em todas as disciplinas, sendo uma ação possível e parte integrante do fazer pedagógico cotidiano, independentemente da área, bem como do nível de ensino, seja ele fundamental, médio ou superior.
Sabemos que a escola exerce o papel preparatório de tornar o ser humano crítico, mediante as atitudes errôneas para com o meio ambiente, e capaz de pensar e agir de forma consciente. Porém, faz-se necessária também a participação da população externa e das autoridades políticas, pois o compromisso com uma sociedade mais justa é de todos nós.
GADOTTI (2009), ressalta ser importante que a sociedade saiba o que cada um irá fazer para salvar o planeta, para ele, todos nós temos a responsabilidade de lutar na transformação desse problema. O que se pode perceber é que num pequeno gesto, cada um pode contribuir de maneira significativa na preservação do meio ambiente, são cuidados simples mais que podem fazer uma grande diferença para todos.
Nesta perspectiva percebe-se que a educação ambiental não deve ser vista como responsabilidade apenas da escola, tudo deve começar dentro de casa e se estender à comunidade externa como um todo.
Comunidade sustentável não é aquela que preocupa-se apenas em evitar o desmatamento e cuidar da poluição das águas. Sustentabilidade é muito mais que seguir apenas esses preceitos preestabelecidos. Concorda-se com Lobato citado por Travassos (2004) quando diz que a Educação Ambiental nas escolas envolve mais que reciclagem, escassez de água e preservação da fauna e flora. Ela envolve mudança de comportamento, sensibilização, conscientização, ética e cidadania. O reaproveitamento do lixo, por exemplo, é muito importante, pois o lixo, em sua grande maioria, pode ser reciclado. Os cuidados com o lixo é um exercício de cidadania.
Reciclar significa transformar os restos descartados pelas residências, fábricas, lojas e escritórios em matéria-prima para a fabricação de outros produtos. Não importa se o papel está rasgado, a lata amassada ou a garrafa quebrada. Ao final, tudo vai ser dissolvido e preparado para compor novos objetos e embalagens. A matéria orgânica também pode ser reciclada, mas é através do processo de compostagem que ela virará adubo orgânico”. (RODRIGUES & CAVINATO, 1997, p.58)

Separar o lixo produzido em nossas residências é uma responsabilidade que deve ser executada por todos nós que queremos mudar a realidade do meio ambiente em que vivemos.
Através da educação ambiental é possível mostrar aos jovens que conservar o meio ambiente não é um luxo e sim uma necessidade de cunho urgente. Uma característica intrínseca a essa temática chamas-se: interdisciplinaridade, e é ela quem faz com que o aluno perceba que este tema de fato faz parte do seu dia a dia, e veja que os problemas ambientais estão diretamente ligados à qualidade de vida (ou à falta dela).
Corroborando com essa ideia Guimarães (2001) aponta que a postura adequada do indivíduo diante da questão ambiental dependerá de sua sensibilização e da interiorização de conceitos e valores que devem ser trabalhados de forma paulatina e ininterrupta.
Professor e aluno são sujeitos interligados na construção de conhecimento. Para Freire (1996), a educação deve ir além da transmissão de conteúdos, proporcionando ao educando o desenvolvimento de sua criticidade, contribuindo para o surgimento de novos conceitos e valores voltados para a reconstrução da sociedade e do mundo, sendo necessário para isso, uma transformação na práticas pedagógicas.
Ou seja, o ensino e aprendizagem sobre reciclagem e preservação do meio ambiente, não deve ser algo isolado e sim articulado e adaptado a realidade escolar em que se encontra.
Para Sauvé (1996) a Educação Ambiental (EA) é uma dimensão integrante ao desenvolvimento das pessoas e dos grupos sociais, que consiste em desenvolver suas relações com o ambiente. Mas além de umas simples transmissão de conhecimentos, ela visa privilegiar a construção de saberes coletivos dentro de uma perspectiva crítica. Ela propõe desenvolver o saber-fazer associado ao poder-fazer, fazendo um apelo ao desenvolvimento de uma ética ambiental capas de promover a adaptação de atitudes, de valores e de condutas, privilegiando a aprendizagem cooperativa dentro, por e para a ação ambiental. Desta forma, surge a necessidade de buscar maiores esclarecimentos quanto suas formas de atuação, desencadeando na educação ambiental como uma temática transversal.
Devido à transversalidade da temática Meio Ambiente, a EA, no ensino formal, não é responsabilidade específica de uma disciplina. Ela precisa estar presente nos diversos conteúdos que se encontram distribuídos no currículo, como forma de demonstrar compromisso de todas as ciências para com a  sustentabilidade ambiental. Para tanto, se faz necessário considerar suas relações com a ética, a justiça, a equidade, a responsabilidade, a tolerância, o diálogo, o respeito, a autoestima, a solidariedade, entre outras. Esses valores dão a transversalidade necessária à educação ambiental, ao relacioná-la à mudança de comportamento para a busca de um mundo mais qualitativo para se viver (PCN, 1997).
De acordo com Gadotti (2000), para entender o futuro é preciso revisitar o passado. À medida que entendemos e contextualizarmos a educação tradicional brasileira que, de certa forma, auxiliou a condicionar nosso comportamento, poderemos introduzir mudanças nos valores, ações e modo como temos propagado a história para os nossos descendentes. Dessa forma, percebe-se a necessidade de um aprofundamento dos estudos referentes à problemática ambiental, no que se refere a uma nova dimensão em educação, a educação ambiental (SANTOS, 2003).
Destarte, fica claro e evidente a importância de se fazer um estudo retrospecto com os alunos, sobre a situação atual do planeta em detrimento com a situação do mesmo no passado. Expondo essa realidade, fica mais fácil de incutir nos alunos valores morais e éticos, levando-os a fazer a diferença em um futuro próximo.
Tomando-se como referência o fato de a maior parte da população brasileira viver em cidades, observa-se uma crescente degradação das condições de vida, refletindo uma crise ambiental. Isto remete a uma necessária reflexão sobre os desafios de mudar as formas de pensar e agir em torno da questão ambiental numa perspectiva contemporânea (GODINHO, 2009). A grande concentração populacional nas cidades, o emprego de tecnologias, a exploração intensa dos recursos naturais, o lixo, tudo isso gera varias consequências para a humanidade (BRASIL, 2000). Entende-se, portanto, que a educação ambiental é a condição necessária para modificar um quadro de crescente degradação socioambiental, mas, ela ainda não é suficiente, o que se converte em mais um instrumento no auxílio da formação do ser humano para que assim possa compreender a atual realidade e formar conceitos valorizando a preservação ambiental (GODINHO, 2009).
O enorme crescimento científico e tecnológico dos últimos tempos trouxe consigo não só benefícios para a humanidade, como também uma devastação jamais vista para o meio ambiente, haja vista que o mesmo passou a enfrentar uma acelerada agressão em decorrência da exploração indiscriminada dos recursos naturais, bem como a emissão de poluentes que são lançados na atmosfera e rios (EFFTING, 2007). A introdução de atividades lúdicas distanciadas do que diz respeito a sociedade tecnológico, pode auxiliar de forma positiva na introdução dos conceitos de preservação do meio ambiente.
Como bem sugere Sato (2004, p. 29), o uso de jogos, atividades fora da sala de aula, produções de materiais pedagógicos, possibilita “trazer para a sala de aula situações reais que muitas vezes são impossíveis de serem vivenciadas”.
Outra proposta eficaz, é levar os alunos a terem contato com o meio ambiente, como por exemplo, uma aula-passeio em lugares que tenham haver com a realidade da EA. Pois é de suma importância incitar o aluno a tomar conhecimento sobre a realidade do meio em que vive, possibilitar de forma positiva sua interação com a comunidade externa da qual ele faz parte, e junto a ele problematizar os problemas possivelmente encontrados e tentar formular soluções para os mesmos. Como enfatiza Freinet (1974, p. 49), “a criança tem necessidade de andar e saltar (...) porque a criança tem necessidade de agir, criar e trabalhar, isto é, empregar a sua atividade numa tarefa individual ou socialmente útil”.
Tal proposta pode ser adaptada também para o ambiente familiar. Orientando os pais a levarem seus filhos para passeios ecológicos é uma boa pedida.
Pereira (2009), em trabalho relacionado às contribuições pedagógicas das aulas-passeio, constata que:
(...) a aula-passeio proposta pela Pedagogia Freinet apresenta na prática resultados relevantes aos objetivos da Educação Ambiental, contribuindo na formação pessoal e social do aluno, contemplando o conjunto de bens intelectuais e morais fundamentais para a formação do cidadão, capaz de ser membro produtivo da sociedade. (p. 150).

Enfim, é de conhecimento mundial que várias tentativas vêm sendo feitas para tentar solucionar os problemas ambientais, no entanto para que aja uma verdadeira eficácia na busca por essas resoluções é preciso organizar ações educativas direcionadas, e organizar o comportamento social dos alunos, para enfim, tentar solucionar os problemas pertinentes ao meio ambiente e estigmatizar de vez (ou ao menos 50%), o desmatamento, poluição e uso indevido do lixo.
Soluções estas que inicialmente devem iniciar no âmbito escolar e continuar na escola, pois é na escola onde passam os futuros cidadãos.
Como afirma Veiga (1992) a prática pedagógica é também considerada uma prática social orientada por objetivos, finalidades e conhecimentos e inserida no contexto da prática social. A prática pedagógica é uma dimensão da prática social. Portanto, para desenvolver a participação dos alunos nesta atividade é considerado por muitos professores um desafio, pois o exercício da aprendizagem constante, do saber falar, ouvir, propor, contrariar e complementar requer uma disponibilidade individual de superação, diante das deficiências e dificuldades.
Frente a essas afirmações e teorias, concluí-se que é preciso haver urgentemente uma revisão das grades curriculares e implementação imediata da educação ambiental nas escolas públicas e particulares. Salvar o nosso planeta só depende de nós.

estou feliz com Adjetivo